Homens em tempos de umbra: Cruz e Sousa e Benjamin

Nesse artigo, o poema em prosa "Umbra”, de João da Cruz e Sousa (2008 [1891]), é tomado como epítome do espaço urbano derruído, reportando-o a Charles Baudelaire ao pós-simbolista “Sub-umbra”, Artur Sales (1987 [1950]), enunciação estranhamento saturnino (Giorgio Agamben) renúncia (Paul Valéry) justaposição conceito “fugacidade eterna” (BENJAMIN, 2006). Nessa dialética, imagem afloramento calcário descrito Umbra encontra as relações entre memória estratigrafia Walter Benjamin e, tendo por objeto esse “quadro micrológico cultura cotidiana” (BOLLE, (2006 [1994]), século XIX se desdobra textos contemporâneos – devir-barro no romance Itamar Vieira Júnior; geocrítica José Miguel Wisnik; tugurização contra-arquitetura Antonio Ponte simbolismo experimental Claudio Daniel site-specific Testemunho, artista Paula, à procura registrar fugacidade urbana seu devir-natureza. deriva leituras, aproximam outra “imagem pensamento”.